Da Associação dos Delegados de Polícia do Paraná:
A ADEPOL-PR (Associação dos Delegados de Polícia do Paraná), protocolou na tarde desta quarta-feira (22), um ofício ao Presidente do Tribunal de Justiça, Des. Adalberto Jorge Xisto Pereira, manifestando sua preocupação em relação a soltura de presos que vem ocorrendo rotineiramente nas últimas semanas, como exemplo, a liberação de um narcotraficante, líder do PCC no Paraná, que foi beneficiado com a nova “regra do Coronavírus” e logo após deixar a prisão, no feriado de Tiradentes, rompeu a tornozeleira e se evadiu.
A medida do benefício da liberação que partiu primariamente de uma Recomendação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que não possui caráter vinculante, onde consta a possibilidade de reavaliação das penas dos presidiários e de adolescentes apreendidos em cumprimento de medidas socioeducativas, visa o relaxamento da pena para o cumprimento de prisão domiciliar ou até mesmo concessão de liberdade provisória para detentos que cometeram crimes sem violência, e presos dentro do grupo de risco da Covid-19, como comorbidades ou idade avançada, mas não é isso que vem ocorrendo na prática, já que presos perigosos, como o líder do PCC, também estão sendo beneficiados com a medida.
Com o envio dos expedientes, a ADEPOL-PR, que não compactua com o que vem ocorrendo, espera que os órgãos competentes repensem e se manifestem contra a decisão do CNJ, pois o interesse da coletividade deve pesar mais que o interesse individual de um criminoso.
DEVERIA A associação enviar a Assembléia Legislativa um ofício pedindo uma CPI no Judiciário, principalmente no criminal.
Todos já falavam que isso iria acontecer menos o juiz que soltou o bandido.