Da assessoria de imprensa da Assembleia Legislativa
Procuradoria da Mulher pede à SESP divulgação periódica de dados da violência doméstica
Requerimento foi apresentado com o apoio total da Bancada Feminina da Assembleia.
A Procuradoria Especial da Mulher da Assembleia Legislativa do Paraná apresentou mais um pedido à Secretaria de Estado de Segurança Pública (SESP) agora, solicitando a divulgação periódica – semanal ou quinzenal – dos números da violência doméstica durante o período de quarentena frente ao coronavírus. O pedido foi assinado pela procuradora da Mulher, deputada Cristina Silvestri (CDN), com o apoio de todas as integrantes da Bancada Feminina da Casa: deputadas Cantora Mara Lima (PSC), Mabel Canto (PSC), Maria Victoria (PP) e Luciana Rafagnin (PT).
“Estes números são necessários para que a Rede de Enfrentamento tenha mais detalhes sobre o verdadeiro cenário da violência contra mulheres neste período e que, assim, possa traçar ações de combate que sejam efetivas”, reforça Cristina Silvestri.
No requerimento encaminhado à pasta, a Procuradoria relembra que o único dado público que órgãos de enfrentamento tiveram acesso desde o início do período de isolamento foi referente ao primeiro final de semana de quarentena, através de dado repassado pela Polícia Militar à imprensa. Comparando o final de semana do dia 13 de março, o último antes da quarentena, e o final de semana do dia 21 de março, o primeiro após o isolamento, o aumento de registros foi de quase 15%. Após este período, entretanto, nenhum novo dado oficial público foi divulgado.
“Ainda é prematuro afirmar com certeza que qualquer crescimento é um reflexo preciso da quarentena. Por isso precisamos destes dados, continuando com o monitoramento e, também, com o acolhimento destas mulheres. A proteção das paranaenses também é um serviço essencial”, disse Cristina.
Na semana passada, a Procuradoria da Mulher solicitou à SESP que libere, através da Delegacia Eletrônica, a possibilidade de mulheres registrarem, também, boletins de ocorrência online, exceto em casos de violência sexual. O pedido teve o apoio de 16 parlamentares, incluindo as deputadas integrantes da Bancada Feminina. A SESP ainda não respondeu ao requerimento.