Sobre a manchete do jornal O Globo comentada na nota “Assim é, se te parece”:
Isso me lembra de um encontro que houve na redação da A Gazeta do Povo, quando o sempre lembrado Dr.Francisco nos apresentou o jornalista e politico Carlos Lacerda. O “Corvo” – um dos apelidos do Lacerda – pegou uma lauda que uma coleguinha tinha escrita e leu um trecho em voz alta. Devolveu a página e disse alto e em bom som: “Menina, essa via de regra que você escreveu aqui, para mim significa outra coisa”.
São arapucas da nossa língua.
Caro Padrella , sou seu leitor assíduo
Penitencio-me antecipadamente por ter julgado incorreta a expressão “alto e em bom som”
Fiz exaustiva ?) pesquisa e descobri que a preposição ém’ pode ser usada, sim, sendo facultativa a forma escolhida, independente de língua culta e outros babado; o mais correto, no entanto, seria “em alto e bom som…”
Abração
exaustiva (?)
outros babados … (plural)
Aí o debate se mostra de bom nível. Não só o conteúdo mas a forma da sua expressão.
E o vírus pegando………
Pois é, bons tempos. Quando a machocracia não era ameaçada. Nem aquelas protofeministas dos anos setenta prá fazer o corvo se sentir um porco chauvinista. Pois quando este fato aí relatado ocorreu, estas mesmas protofeministas brincavam de casinha com a boneca Amiguinha.
PS. O Wilson Portes está certo. A forma indicada é a regra. Ok, regra não é lei. Até admite exceções. Achei o “lauda que tinha escrita” (E não ‘escrito’) uma expressão bem simpática. Reforça a noção da feminilidade da estagiária em questão.