por Claudio Henrique de Castro
A consciência de que a Educação e a Saúde devem ser universais para todos, independente das classes sociais, é algo natural na França e em outros países, principalmente depois da 2ª Guerra Mundial.
A ideia de que os bancos e as corporações globais devem lucrar menos e contribuir muito mais para as desigualdades sociais também está se consolidando a partir dos estudos da obra O Capital no Século XXI, de Thomas Piketty.
No momento, a população mundial está em suas casas se esforçando para debelar a pandemia do Covid-19.
Alguns segmentos econômicos faturam com a crise, principalmente os da fármaco-químicas e investidores especulativos. Nas guerras, foram e são as indústrias bélicas.
Quais razões de não termos no Brasil os leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) suficientes para atender a população? A resposta e simples: falta de planejamento e de investimentos públicos, além do tradicional desvio de recursos.
O que podemos fazer?
Os gestores podem encampar hotéis, estruturas de atendimento e até hospitais particulares para atender a população de forma universal e emergencial, a exemplo que está ocorrendo na Espanha e outros países.
Podem encampar imediatamente as indústrias de álcool gel e de medicamentos que estão faturando alto com a procura em alta demanda – e isto foi feito pela União Europeia.
Fazer a distribuição de renda direta aos setores que ficarão sem renda, diante dos isolamentos residenciais, para reduzir as consequências econômicas da crise, a exemplo dos EUA.
Também, como a China, iniciar imediatamente construções emergenciais de hospitais com o aumento da oferta de leitos, como também mobilizar as Forças Armadas e da Segurança Pública neste cenário.
A unificação do gabinete emergencial da crise e das medidas determinadas pelo Governo Federal é o que se impõe para evitar ações estaduais e municipais fragmentadas e, por vezes, antagônicas.
Os esforços dos governos, no enfrentamento da crise, devem ser rápidos e antecipados para a solução dos cenários futuros ou imediatos.
Em resumo, devemos fortalecer a defesa do Sistema Único de Saúde e as ações de estado que possibilitem a plena e universal igualdade do Direito à Saúde.
É hora de prevalecerem as forças transformadoras da solidariedade e da Justiça.