por Dirceu Pio
“Sabe aquele hospital ? Uma enfermeira amiga da minha filha disse que estão morrendo pessoas contaminadas aos borbotões !”
“Sabe o meu prédio ? Há aqui pelo menos 10 pessoas contaminadas e o pessoal da Saúde está aqui, borrifando paredes e móveis com antissépticos !”
“O número de infectados no Brasil já é pelo menos cem vezes maior que o divulgado pelo governo, que esconde a realidade para não causar pânico !”
“Lá no norte da Itália milhares de idosos morrem sem extrema-unção e há filas de caixões nos cemitérios !”
DUAS GUERRAS
Já é evidente que temos pela frente, não uma, mas duas guerras – a primeira, real, causada por um vírus de alto poder de propagação, ainda não coberto por vacinas, e a outra, irreal, surreal, virtual, causada pela propagação de fake-news e seus congêneres. Ainda é cedo pra dizer qual das duas será mais devastadora!
Mas, afinal, por que isso acontece ? É por causa das redes sociais ?
Não, não é, apesar de elas, hoje, funcionarem como mola propulsora acessível a milhões de pessoas. Ao mesmo tempo que açulam as fake-news, elas são canais que transportam, em alta velocidade, o antídoto – a informação.
Já era assim no início dos anos 1980 quando o HIV começou a chegar ao Brasil e não havia nem sinal da internet no horizonte: se 30 por cento das previsões sinistras se confirmassem, metade da população do país – e do planeta – tinha sido dizimada.
Se prevalecessem os boatos, a epidemia do H1N1 teria matado dez vezes mais do que matou.
EXPLICAÇÃO ESTÁ NA BOLSA
Para se entender porque, é preciso olhar com atenção o que se passa nessas ocasiões com o mercado financeiro: qualquer catástrofe climática, desastres ambientais, emergências sanitárias, explosão das bolhas financeiras, crises da política, fazem os ativos financeiros – ações, letras do tesouro, dólar, commodities em geral, oscilar para baixo ou para cima sempre com maior intensidade.
Quando um desses ativos cai, a grande maioria da população vai perder, por efeitos diretos ou indiretos da crise. Mas alguns poucos vão lucrar.
Reparem no café: sempre que ocorre uma geada nos estados produtores, os produtores perdem, mas todos aqueles que dispõem de estoques de café vão ganhar – e muito – devido a reação dos preços. É por isso que no Brasil, nos períodos de inverno forte, surge sempre a “indústria da geada”, a propagação feérica de notícias falsas.
COMPRAR AÇÃO NA BAIXA
Nestes tempos de coronavirus, podem apostar que há um seleto time de especuladores que compra ações na baixa para revendê-las na alta, quando a crise passar.
Devemos, pois, minimizar os efeitos do coronavirus ? De modo algum…Trata-se de um vírus que pode matar, sobretudo idosos e pessoas de qualquer idade com baixa imunidade pela simples razão de que a vacina contra uma porção de vírus da gripe ainda não dá cobertura a este, exportado pela China.
Mas é preciso trabalhar sempre com a informação correta, para não criar pânico, histerias, o que só atrapalha o controle.
Por exemplo: curioso para descobrir porque o índice de letalidade da Itália estava bastante alto, há mais de 20 dias transmiti a informação de que a população italiana é a mais idosa da Europa.
Ainda nesta quinta – 19-03 – chegou a informação de que a média de idade das pessoas que têm morrido na Itália é pouco maior de 79 anos.
Vamos ganhar essa guerra por que temos o Capitão,aquele mesmo que ludicamente e pedagogicamente ensinou 208 milhões de brasileiros de como se coloca e usa uma mascara protetora.
Imagino que nessa guerra ele não dispare nenhum tiro,vai usar o gabinete do ódio para conter as Fake News.
Pelo menos o Pio admitiu que o governante dele esconde a verdade ou seja é um mentiroso. Parabéns Pio está acordando finalmente.