Do enviado especial

Mirley, a famosa rainha das cafetinas, andou recentemente por Curitiba. Deixou o número do telefone onde agora atende em São Paulo agenciando belas “ modelos”, sub-celebridades e outras moças aspirantes ao estrelato.
Queixou-se de dificuldades financeiras decorrentes de um calote na venda da bela chácara onde mantinha o ‘bordel society’ em Colombo.
O dinheiro ficou com o intermediário do negócio – e ela ainda responde a um processo por importunar com cobranças o comprador do imóvel, um dos empresários mais ricos do estado que adquiriu e pagou ao intermediário em cujo nome estava registrada a propriedade.
Para piorar, Mirley diz que sua fonte de renda , ou seja, os agendamentos dos programas, se tornaram raros com a ameaça do Coronavírus.
Aqui andou procurando alguns dos ex-clientes muito poderosos e ainda influentes, com quem teve grande intimidade, mas sem sucesso.
Da forma mais amarga descobriu que não há solidariedade nesse tipo de atividade clandestina.

Para quem não sabe, a cafetina tinha como clientes milionários e autoridades dos três poderes. Eles frequentavam suítes luxuosas onde eram promovidos bacanais e programas com beldades trazidas em jatos executivos para Curitiba. Resorts e ilhas também eram alugados por lobistas onde, sob o estímulo do sexo e da prostituição, foram celebradas tenebrosas transações. Como profissional, Mirley não revela nomes, mas muitas garotas que ainda estão na ativa adoram contar as histórias e bizarrices da mansão frequentada por personagens são muito conhecidas do Paraná.