Do Goela de Ouro
Em dezembro passado o Ministério Público do Paraná abriu um inquérito civil para colocar uma lupa no chamado andar de cima do Tribunal de Justiça do Paraná. O autor do pedido é o desembargador José Maurício Pinto de Almeida. O caso ainda é relativo aos famosos “Diários Secretos” da Assembleia Legislativa do Paraná, motivo da grande reportagem do jornal Gazeta do Povo e da TV RPC que apontou procedimentos nada republicanos que causaram desvio de mais de R$ 200 milhões aos cofres públicos. O alvo é o juiz de 2.º grau Marcel Rotoli de Macedo. Ele votou pela nulidade de uma ação do MP realizada na chamada “Casa do Povo” para busca e apreensão de documentos para apuração de envolvimento no caso. O voto dele deu margem ao cancelamento de investigação contra algumas pessoas e, supostamente, causou possíveis efeitos em cascata que poderiam resultar na anulação de todo o processo. Em reportagens já publicadas na imprensa (ver abaixo) e que reforçam a atual representação, o que chama atenção é o fato de o juiz ter parentes que trabalham no Legislativo. Uma prima dele, por exemplo, é filha do desembargador aposentado Lídio Rotoli de Macedo, que por sua vez é irmão do também aposentado desembargador Celso Rotoli de Macedo, pai do juiz Marcel. O que se questiona junto ao MP é o fato de o juiz não ter se declarado impedido de julgar a causa por conta do parentesco. Como ele decidiu votar, a investigação de agora poder resultar em ato de improbidade administrativa. Pinto de Macedo e Marcel já tiveram desavenças antes – e sobre o mesmo caso. Em 2018 o juiz questionou o comportamento de uma secretária do desembargador, alegando que ela teria vazado informações para imprensa sobre o teor do seu voto em questão. Uma sindicância foi aberta e o caso arquivado. Atualmente o juiz faz parte da Corregedoria do Tribunal de Justiça do Paraná, que tem a função de fiscalizar e, se for o caso, punir magistrados.
No país das maravilhas, o ideal é aposentar o juiz. Esperamos que o CNJ tome as devidas providências.
Esta é a verdadeira face de um sistema falho, pois, sistematicamente ser impedido, em virtude de ferir a própria carne
E desembargador que age com interesses políticos mal disfarçados, pode? Com a palavra, o douto José Mauricio….
E não vai dar em nada kkkkk
Ou melhor vai dar em nada kkkkkk