História paranaense. Numa das visitas a Curitiba, pouco antes de um almoço em sua homenagem no restaurante Terra Madre, Pelé conversava com o jornalista Carneiro Neto quando alguém chegou, cumprimentou os dois e foi logo perguntando para o Rei: “É verdade que você jogou num time considerado o melhor de todos os tempos?”. Com a simplicidade natural de quem é Rei, ele respondeu: “Dizem, né?”. O interlocutor esticou o braço na direção do rosto do deus do futebol e, com o indicador apontado para o céu, fez o sinal de negativo. “Tem um melhor”, completou. Pelé então, quis saber qual. Resposta: “Clube Atlético Paranaense”. Os três riram ao mesmo tempo e, logo depois, veio a explicação do provocador: “Claro! É o meu time!” Pelé entendeu – e sempre que pode, o signatário conta isso para demonstrar o amor pelo time da Baixada.
Fernando Pessoa (não o nosso; o português) escreveu algo com esse sentido ao comparar o Tejo com o rio de sua aldeia, num poema curto mas muito bonito, e que o rio de sua aldeia era como o Clube Atlético Paranaense para esse torcedor citado na encíclica de Carneiro neto.