Do correspondente em Brasília
O Paraguai sempre foi acostumado a fazer muita gritaria e barganhar para vender energia excedente ao Brasil. Ou seja, aquela que tem direito, mas não usa porque não precisa. Só que até 2023, quando o anexo sera revisado, a parte comercial do Tratado, o Brasil possivelmente não dependerá mais da cessão de energia de Itaipu do lado paraguaio. Em bom português, a margem paraguaia de Itaipu poderá usar 100% do que corresponde a sua energia na usina. Portanto, o Paraguai poderá fazer a bravata que for, mas não terá linha de distribuição pra vender sua sobra a quem quer que seja – só se um milagre acontecer nos próximos quatro anos. O país vizinho enfrenta apagões recorrentes por falta de infraestrutura. E o cenário futuro não é nada promissor.