Da Folha de S.Paulo
Ex-presidente Lula foi solto após 580 dias preso na Polícia Federal em Curitiba
Minutos após ter sido solto, em palanque armado diante da sede da Polícia Federal em Curitiba, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um discurso de forte ataque à Lava Jato e setores do Judiciário.
O petista falou em “safadeza” e “canalhice” do que chamou de “lado podre” de Ministério Público Federal, Polícia Federal, Justiça e Receita Federal. Setores que, segundo ele, trabalharam para criminalizar a esquerda, o PT e o próprio Lula.
“Vocês eram o alimento da democracia que eu precisava para resistir à safadeza e à canalhice que um lado podre do estado brasileiro fez comigo e com a sociedade brasileira”, disse o ex-presidente à militância.
“O lado podre da justiça, o lado podre do Ministério Público, o lado podre da Polícia Federal e o lado podre da Receita Federal trabalharam para tentar criminalizar a esquerda, criminalizar o PT, criminalizar o Lula.”
O ex-presidente também atacou o ex-juiz Sergio Moro, hoje ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro (PSL), e o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato.
Eu saio daqui sem ódio. Aos 74 anos meu coração só tem espaço para amor porque é o amor que vai vencer neste país”, disse, diante de aplausos dos militantes presentes.
“As portas do Brasil estarão abertas para eu percorrer este país”, disse o petista, que criticou a situação do desemprego do país e se referiu a Bolsonaro como “mentiroso” em redes sociais.
Após investigação e denúncia da Lava Jato de Curitiba, o petista foi condenado por Moro sob a acusação de aceitar a propriedade de um tríplex, em Guarujá, como propina paga pela OAS em troca de três contratos com a Petrobras, o que ele sempre negou.
A pena de Lula, depois confirmada pela segunda instância no Tribunal Regional Federal, foi definida pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) em 8 anos, 10 meses e 20 dias.
No discurso, Lula agradeceu os militantes que permaneceram em vigília durante todo o período que esteve preso. O petista foi solto na tarde desta sexta-feira, após 580 dias preso na sede da Superintendência da Polícia Federal do Paraná, em Curitiba.
A soltura do ex-presidente ocorreu um dia após o Supremo Tribunal Federal ter decidido, por 6 votos a 5, que um condenado só pode ser preso após o trânsito em julgado (o fim dos recursos). Isso alterou a jurisprudência que, desde 2016, tem permitido a prisão logo após a condenação em segunda instância.
A decisão do Supremo, uma das mais esperadas dos últimos anos, tem potencial de beneficiar cerca de 5.000 presos, segundo o CNJ (Conselho Nacional de Justiça). O Brasil tem, no total, aproximadamente 800 mil presos.
A soltura de Lula foi determinada pelo juiz federal Danilo Pereira Junior. A decisão foi publicada às 16h15, e o petista deixou a sede da PF às 17h40.
Falou o que precisa ser dito,tudo uma cambada de canalha.
Chama logo o papa francisco para transforma lo em santo. Arranjou uma namorada no cárcere, milagre. Cavalo veio o remédio é capim novo.
Logo retoma a vida de relações informais com o amigo, do amigo, agora talvez inimigo do amigo do delator, enfim dificil de entender essa maracutaia
Lula perfeito uma parte da justiça não defendeu a constituição e a outra parte se sentiu ameaçada e para se manter teve que engolir e ver o país correr grande risco de confronto entre a população. Agora que a as coisas entre nos eixos e os magoados que se recolham com suas panelas em suas casas e parem de pagarem mico.
Preso ou solto será o mesmo poderoso chefão
Lembro-me que não nos odiávamos quando de tratava de política. Havia raivas, debates e volta e meia o senador Arnon (pai do Collor), matava a tiros um senador. Era a exceção à regra. Discutia-se Política, as pessoas se interessavam pelos rumos do país. Em que exato momento toda a decência desceu pelo ralo e passamos a nos odiar como se fôssemos cães de rua? Quem alimenta em nós um ódio que não é nosso, que nos foi imposto, e que acabará deixando sequelas na sociedade brasileira? São perguntas retóricas.