10:37A voz do locutor

por JamurJr

Acompanho alguns amigos no facebook alguns amigos, como é o caso do Gilberto Fontoura. O magro tem destacado um dos livros que escrevi há algum tempo, narrando histórias da TV em seus primeiros passos no Paraná, e o rádio, que sempre foi a grande força de comunicação graças ao trabalho de profissionais como este colega, locutor, apresentador de TV e excelente diretor de rádio. De resto, fica uma imensa saudade dos tempo em que locutor de rádio passava por rigoroso teste antes de ocupar um microfone, pois era preciso saber falar com “voz de locutor”. Ritmo na leitura, tom grave na voz e boa interpretação dos textos eram predicados que se observava na sintonia fina de nossos rádios. Nesse tempo, jornalista se destacava pela qualidade de seus textos e grande capacidade de análise do dia-a-dia de muita gente importante, ou não. Era um tempo em que talento valia tanto quanto a ética e honestidade no exercício da função. Certa ocasião alguém disse que “jornalista é um cidadão que sabe quase nada de quase tudo”. Nem tanto, nem tão pouco. Vivi uma época de ouro no rádio, TV e jornal. Guardo na memória imagens e sons que me permitem identificar aqueles que foram responsáveis pela boa qualidade dos meios de comunicação no Paraná.

3 ideias sobre “A voz do locutor

  1. jose maria

    Que falta nos faz o Jamur, está curtindo sua aposentadoria em Guaratuba e muito feliz.
    Nunca conheci ninguem como ele , humor fino, inteligente e muito cavalheirismo. Suas imitações e tiradas são antologicas . Grande abraço mestre. José MariaCorreia

  2. Raul Urban

    Jamur, meu caro, concordo com tua opinião. Somos de uma mesma geração. Aqui e ali, num passado já mais ou menos remoto, trabalhamos juntos. Com Gilberto, tive o privilégio de conviver por curto – mas proveitoso – tempo, nos áureos anos da Rádio Independência, ainda no vigésimo andar do Edifício Asa. Contigo, nos também anos dourados do Show de Jornal, quando disp´únhamos de Renato Schaitza, Hortênsia Tayer, Hugo Santana e outros monstros sagrados. Ah, claro, quem não lembra das locuções tantas – esportivas, noticiosas e afins – da Rádio Guairacá, ainda em tempos de “Voz Nativa da Terra dos Pinheirais
    “, na Barão do Rio Branco? Pois é, tenho – e li, por acaso, há semanas, aliás, reli – teu trabalho do pioneirismo na TV. Rehunir os que ainda estão aí – que tal fazê-lo, para um encontro não de saudade, mas de reviver a memória altiva de um tempo em que “voz de locutor” era algo privilegiado? Aqui pra nós: penso que o estertor desse período acontece com o fim do hoje saudoso Sir Laboratório, onde, sob o comando de Túlio Vargas, se reuniram alguns nomes da locução consagrados: Roberto Bostelmann, Borba Filho, se não me engano, também Nestor Batista (há anos conselheiro do Trtibunal de Contas), e tantos outros, eu incluso. Desculpem-me os aqui não nominados, mas a memória é longínqua e exige paciência para ser refeita. De qualquer forma, fica aqui meu registro. A propósito: Gilberto Fontoura é sempre uam referência. Ah, também não esqueçamos (mesmo porque tb tive a ocasião de conviver com ele), o nome do hoje saudoso produtor Jair de Brito. Não foi locutor, mas ensinou a muitos o ofício do falar claramente ao microfone. Abraço.

  3. Parreiras Rodrigues

    Repórteres, locutores de hoje, experts em batatas. Jesus me abane…E a obviedade, e a repetição. Jesus me abane mais ainda…

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