17:26Alicia Alonso, adeus

Do G1

Alicia Alonso, lenda cubana do balé, morre aos 98 anos

Ela morreu devido a uma doença cardiovascular. ‘Ela colocou Cuba no altar do melhor da dança mundial’, disse presidente cubano.

A lendária bailarina e coreógrafa cubana Alicia Alonso morreu nesta quinta-feira (17) em Havana aos 98 anos, informou o Ballet Nacional Cubano.

Alonso, a única latino-americana a ter o título simbólico de “prima ballerina assoluta” (concedido aos bailarinos mais excepcionais), morreu às 11h locais, segundo o porta-voz da companhia que ela fundou em 1948 e dirigiu até a sua morte.

Ela morreu devido a uma “doença cardiovascular”. “Alicia Alonso se foi e nos deixa um vazio enorme, mas também um legado intransponível. Ela colocou Cuba no altar do melhor da dança mundial. Obrigado Alicia por seu trabalho imortal”, tuitou o presidente cubano Miguel Díaz-Canel.

Muitos evocam a dançarina disciplinada e temperamental como poucas outras, que seduziu o público com seus giros virtuosos, bem como a coreógrafa exigente que fazia repetir incansavelmente os movimentos em busca da perfeição.

Outros a veem como a grande dama cubana que muito se dedicou a Fidel Castro (1926-2016). Foi com o apoio do líder cubano que sua escola criada em 1948 ganhou impulso, a partir de 1959.

Alonso, que estreou na Broadway em 1938, ficou quase cega aos 20 anos de idade, depois de sofrer um duplo descolamento de retina. Ela dançou quase toda a sua vida sendo guiada pelas luzes do palco, segundo seu marido e diretor do Museu Nacional de Dança, Pedro Simón.

Ela se aposentou em novembro de 1995, aos 74 anos. A reinterpretação que fez durante meio século do personagem do famoso balé romântico “Giselle” elevou-a aos altares da dança clássica. A crítica foi unânime: Alicia Alonso nasceu para que Giselle não morresse.

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