9:51Para observar os Observatórios

Do Analista dos Planaltos

Os tais Observatórios Sociais foram criados para serem os olhos da sociedade sobre a gestão pública. Em Maringá, durante a gestão da família Barros e sucessor Carlos Pupin (PP), nada fez – ficando silente. Mas quando o novo prefeito assumiu, uma sanha investigativa apossou-se da direção contra Ulysses Maia (PDT).

Agora em Londrina, na gestão de Marcelo Belinati (PP), o ex presidente do Observatório Social e ex radialista na emissora do condenado ex prefeito Homero Barbosa Neto (PDT), Fábio Cavazzoti,é o Secretário de Gestão Pública, encarregado de fazer as licitações transparentes.
O que ele dizia nas palestras parece ter sido esquecido, pois muitos aditivos contratuais e dispensas de licitação sem base, republicações sem fim de decretos e contratações de empreiteiras e empresas de transporte condenadas pela Justiça acontecem.

Para ilustrar o que ocorre, nunca é demais lembrar que Gabriel Barioni de Alcântara Silva, assessor jurídico do Observatório de Londrina, foi o estagiário preso pela Polícia Federal por traficar senhas da Justiça Federal onde estagiava (https://glo.bo/2hPSM4C), para a família do traficante Luiz Carlos Rocha, o Cabeça Branca.

Como diz a música Comportamento Geral, cantada por Elza Soares – “Você merece, você merece, tudo vai bem, tudo legal…” (https://g.co/kgs/ricuX5)

4 ideias sobre “Para observar os Observatórios

  1. Paraná sempre

    José

    E agora, José?
    A festa acabou,
    a luz apagou,
    o povo sumiu,
    a noite esfriou,
    e agora, José?
    e agora, você?
    você que é sem nome,
    que zomba dos outros,
    você que faz versos,
    que ama, protesta?
    e agora, José?

    Está sem mulher,
    está sem discurso,
    está sem carinho,
    já não pode beber,
    já não pode fumar,
    cuspir já não pode,
    a noite esfriou,
    o dia não veio,
    o bonde não veio,
    o riso não veio,
    não veio a utopia
    e tudo acabou
    e tudo fugiu
    e tudo mofou,
    e agora, José?

    E agora, José?
    Sua doce palavra,
    seu instante de febre,
    sua gula e jejum,
    sua biblioteca,
    sua lavra de ouro,
    seu terno de vidro,
    sua incoerência,
    seu ódio — e agora?

    Com a chave na mão
    quer abrir a porta,
    não existe porta;
    quer morrer no mar,
    mas o mar secou;
    quer ir para Minas,
    Minas não há mais.
    José, e agora?

    Se você gritasse,
    se você gemesse,
    se você tocasse
    a valsa vienense,
    se você dormisse,
    se você cansasse,
    se você morresse…
    Mas você não morre,
    você é duro, José!

    Sozinho no escuro
    qual bicho-do-mato,
    sem teogonia,
    sem parede nua
    para se encostar,
    sem cavalo preto
    que fuja a galope,
    você marcha, José!
    José, para onde?

    A canção da Elza Soares lembra esse poema do Carlos Drummond de Andrade

  2. SFU

    É situação semelhante a Foz do Iguaçu, quando, durante a gestão Maquidonald Ghjisi nada aconteceu, como fruto do Observatório que, aliás, pouco observou. Saído Ghisi, resultaram dezenas de processos e ele está com os bens bloqueados. Ainda, como resultado dessa atuação criminosa, o Secretário de Obras foi indiciado, acusado e condenado. Passado Ghisi, o tal Observatório voltou atuar, embora timidamente.

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