Do Vampiro de Dusseldorf
Porta arrombada, taramela nela. Bastou o desabafo tolo e inconsequente de Rodrigo Janot sobre ter pensado em matar Gilmar Mendes para que todas as vozes – a maioria sem a menor autoridade moral – desabassem sobre o ex PGR. Risco de ele consumar a ameaça é menor que o do deputado-príncipe-embaixador Eduardo Bolsonaro matar um senador que não aprove sua indicação a embaixador. Ele exibe armas e o STF não se mexe. Aliás nesse STF em que imediato espírito de corporação calou a metade dos ministros, também escrachados por Gilmar Mendes, a quem faltou a coragem de igual desabafo. Ainda que tão inconsequente e implausível como o de Janot isso merecia ser lembrado. A indignação agora se amplifica na hipocrisia, quando órgãos da classe dos procuradores aderem à campanha para investigar Rodrigo Janot. O homem está destruído, mas não basta. A hipocrisia aplaca seu constrangimento pagando seu tributo à falsa virtude dos acusadores. Logo os procuradores, os argentários, cretinos e arbitrários no sempre ofensivo discurso de Gilmar Mendes. Inocentes nessa história? Apenas nós, que tomamos partido.
Como sempre digo”para virar bang bang só falta a trilha sonora do Énio Morricone”