11:43Vaza discurso de Bolsonaro na ONU

por Renato Terra

O pronunciamento de Jair Bolsonaro na ONU, escrito com carvão vegetal num papel de pão, foi elaborado antes de o presidente decidir sobre sua ida a Nova York. O texto, no entanto, foi interceptado por um hacker analógico e entregue a esta coluna. Eis o discurso:

“Alô, galera de cowboy! Alô, galera de peão! Quem gosta de novaiorquinis bate forte com a mão! (Pausa para aplausos)

Eu vim aqui em respeito ao Trump, que adora o meu filho. Pra mim, a ONU é uma grande ONG das nações. E eu detesto ONG. Aliás, já passou da hora da ONU ter um secretário-geral terrivelmente evangélico para ver se acaba com essa mamata aqui.

Pois bem. Já que estou aqui, faço questão de mostrar um vídeo, que recebi pelo WhatsApp, que mostra uma equipe simulando e filmando incêndios na floresta amazônica para abertura do Rock in Rio. No tocante à questão do rock, sabemos que foi um ritmo criado pelo Adorno para espalhar a ideologia de gênero para as crianças indefesas. E a imprensa brasileira está mancomunada com o Rock in Rio, com Adorno e com Felipe Neto para continuar mamando na Lei Rouanet.

(Bolsonaro pega o celular para mostrar o vídeo)

Essa é a verdade que a mídia internacional não quer que os senhores vejam. A manipulação da imprensa brasileira é tão feia, mas tão feia, que só não é mais feia que a mulher do Macron.

Mas que fique claro! Temos autonomia para destruir a Amazônia sozinhos. Não precisamos de ajuda internacional para isso.

Vim aqui também para dizer que o Brasil está reagindo. A população está armada para se defender da violência das pessoas pobres armadas. Para conter o desemprego, vamos impedir a divulgação de novas estatísticas. Para conter o desmatamento, vamos queimar toda a Amazônia. Até o final do meu mandato, os índices de desmatamento serão quase nulos, já que não haverá mais área verde para desmatar. Mas isso a imprensa não vai divulgar, então acompanhem os vídeos do Allan dos Santos.

Termino com uma reflexão do maior pensador contemporâneo dos nossos tempos. Em toda a superfície plana da Terra não há ninguém mais preparado que meus filhos. Abre aspas, tá ok?! ‘Por vias democráticas a transformação que o Brasil quer não acontecerá na velocidade que almejamos.’ Como demonstração da força do Brasil, vou terminar o meu discurso fazendo 17 flexões de braço.

Contem comigo, senhores!”

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