16:17Etapa paranaense da Copa dos Refugiados será no Estádio do Pinhão

Pela causa

Estão definidas as datas e locais dos jogos da etapa curitibana da Copa do Mundo dos Refugiados 2019, evento promovido pela ONG África do Coração com apoio institucional da Secretaria da Justiça, Família e Trabalho, da Agência da ONU para Refugiados (Acnur) e Organização Internacional para as Migrações (OIM). As fases preliminares serão realizadas dia 28/09 (sábado), no Centro de Educação Física e Desporto (CED), da Universidade Federal do Paraná, no Jardim das Américas. Já as disputas de terceiro e quarto lugares e a grande final serão domingo (29/09), no Estádio do Pinhão, em São José dos Pinhais.

A competição é realizada desde 2014 no Brasil, com o objetivo de promover a integração social dos migrantes e refugiados que encontraram aqui a esperança de reconstruir suas vidas.

Participam da etapa paranaense times formados por imigrantes e refugiados dos seguintes países: Haiti, Venezuela, Argentina, Colômbia, Congo, Nigéria, Bolívia e Peru. A seleção campeã ganhará a taça e uma viagem ao Rio de Janeiro para disputar a final nacional, no Maracanã, em novembro.

“A Sejuf é parceira no combate ao racismo e à xenofobia. E esta Copa é uma excelente oportunidade de integração e de congraçamento para essas pessoas que escolheram Curitiba para viver”, diz o secretário Ney Leprevost.

A etapa paranaense conta ainda com apoio e colaboração da Superintendência de Esporte do Paraná, Caritas Regional, UFPR, OAB/PR, Federação Paranaense de Futebol e da Prefeitura de São José dos Pinhais.

Atendimentos no Paraná – Em quase três anos de funcionamento, cerca de 9.600 estrangeiros que buscam uma nova oportunidade de vida no Brasil foram atendidos no Centro de Informação para Migrantes, Refugiados e Apátridas do Paraná (Ceim-PR), vinculado à Sejuf. Apenas em 2019 já foram 2.820 atendimentos.

São registros de mais de 40 nacionalidades, com destaque para Haiti, Cuba, Síria e Venezuela. São populações que vivenciam crises humanitárias motivadas por tragédias naturais ou crises políticas, como o terremoto que atingiu o Haiti em 2015, as ditaduras enfrentadas por venezuelanos e cubanos e a guerra civil síria, que começou em 2011.

O Centro oferece orientação e acesso às diversas políticas públicas do Estado acolhe e orienta os imigrantes e faz os encaminhamentos necessários – como, por exemplo, auxílio para buscar um emprego.

Para o secretário da Sejuf, Ney Leprevost, o papel do Estado é oferecer condições dignas para que essas pessoas consigam, no Brasil, uma nova oportunidade. “As 28 etnias que colonizaram o Estado nos séculos 19 e 20 – alemães, poloneses, ucranianos, italianos, japoneses entre eles – trouxeram na bagagem seus costumes e tradições e ajudaram a construir o Paraná de agora. Hoje, são outros povos que buscam abrigo aqui. Muitos migrantes estão fugindo de governos ditatoriais ou de situações de calamidade pública e extrema pobreza. Aqui, temos a missão de encaminhá-los para assistência jurídica, mercado de trabalho e atendimento socioassistencial”, finaliza Leprevost.

Conselho – O Conselho Estadual dos Direitos dos Refugiados, Migrantes e Apátridas (Cerma-PR) também é vinculado à estrutura organizacional da Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho (Sejuf), com caráter consultivo e deliberativo. Auxilia na implementação e fiscalização das políticas públicas voltadas aos direitos dos refugiados e migrantes, em todas as esferas da Administração Pública do Paraná, visando à garantia da promoção e proteção dos direitos dos refugiados, migrantes e apátridas.

 

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