de Rogério Skylab
Saúdo também a madrugada.
Infelizes os que têm o sono pesado.
Esses nunca vão saber
de que é feita, de que material,
Infelizes os que têm o sono pesado.
Esses nunca vão saber
de que é feita, de que material,
quais os ruídos, os pensamentos
loucos que a perpassam,
que flor exótica, cheia de caprichos,
é essa madrugada fria.
loucos que a perpassam,
que flor exótica, cheia de caprichos,
é essa madrugada fria.
Não falo da madrugada dos namorados.
Porque esses só têm os olhos para si.
E eu olho o vazio.
Porque esses só têm os olhos para si.
E eu olho o vazio.
Eu estou no coração do vazio.
Madrugada fria, minha, absoluta.
De onde um dia nunca mais retornarei.
Madrugada fria, minha, absoluta.
De onde um dia nunca mais retornarei.