por Jamur Jr.
A Festa do Divino em Guaratuba, foi interditada no primeiro dia. Alegação do Corpo de Bombeiros: faltaram alguns dispositivos de segurança. Aí, me veio a memória alguns fragmentos da mesma festa que aconteceu há cerca de 60 anos. Era muito diferente. Duas bandeiras com cantadores e solistas de rabeca saíam a cantar pelas casas onde eram recebidos com um lanche e algum dinheiro. Durante a semana que antecedia a festa, eram rezados terços na igreja. Não havia padre na cidade e um homem negro e frequentador da igreja comandava a reza com o povo. Belo dia, ou melhor, bela noite, Antoninho rezava compenetrado quando um cachorro entrou na igreja e deitou ao lado do rezador. Alguns minutos depois o cão peidou algumas vezes alterando os odores sacros e perturbando o olfato dos fiéis. Antoninho não parou de rezar e no meio de uma Ave Maria, disse claramente: “E tirem esse cachorro peidorreiro que está aqui do meu lado”. Dado o recado, continuou suas orações até o final.