por Claudio Henrique de Castro
Desde 2008 o Brasil reveza como os EUA o título de campeão mundial no uso de agrotóxicos.
A União Europeia proíbe o uso de 40% dos agrotóxicos recém liberados no Brasil pelo atual governo federal. Tal descalabro deste semestre é um recorde: até agora foram 239 – e num só dia de junho, 42 liberações.
A cada dois dias e meio uma pessoa morre no Brasil intoxicada por defensivos agrícolas. Vinte e cinco mil pessoas se intoxicaram no Brasil nos últimos anos – 20% delas são crianças e adolescentes com idades de 0 a 19 anos.
Em 2018 foram 450 novos agrotóxicos foram aprovados para serem utilizados no país. Dos 42 recentemente aprovados, 33% são classificados em nível 1 – extremamente tóxico para a saúde humana, cuja classificação é de 1 a 4. O número maior e de menor toxidade (Fonte: Profa. Dra. Larisse Mies Bombardi. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=qxfmrdUoQZA)
Neste mar de venenos, como ficam os consumidores?
E a saúde ambiental, a contaminação dos solos e dos rios?
Com a liberação indiscriminada de produtos pela ANVISA, estamos transformando o solo brasileiro num repositório de agrotóxicos proibidos. Com isto, comprometemos os mananciais, a fauna, a flora e as pessoas que consomem os alimentos, que não têm a mínima ideia de quantos produtos foram utilizados para a produção dos alimentos que consomem.
As informações sobre o uso de agrotóxicos deveriam constar nos alimentos e nos produtos que são ofertados aos brasileiros. Apesar desta previsão do direito à informação aos consumidores, há um enorme silêncio e uma omissão total sobre o assunto.