Na “antológica” entrevista de Roberto Requião para a Gazetona deste final de semana, um observador atento notou que ao ser colocado o nome de João Arruda na conversa, o ex-senador fazia imediatamente uma curva no vento para citar o filho, Maurício, a quem pregou na testa a alcunha de Requião Filho para catapultar a carreira política – e o elegeu deputado estadual pelos desígnios do DNA. O tio sabe que o sobrinho, ex-deputado federal, que surpreendeu ao chegar em terceiro colocado na última eleição para governador, atual presidente do MDB do Paraná, é o que tem mais capacidade como político. Deverá ser candidato a prefeito no ano que vem (Requião filho foi um fiasco quando tentou) e é o sucessor natural nas hostes peemedebistas que tentará reerguer o partido estraçalhado pela maneira personalista e arrasadora, no pior sentido da palavra, do ex-governador que, agora, como ele mesmo diz, é um militante – apesar de não se saber qual causa. Isso apenas cria um clima de ‘harmonia na família’, pois deputado estadual é secretário-geral no MDB e tão aliado do primo como um atleticano de um coxa-branca em dia de decisão. Isso é política!