Do blog Contraponto
Morre o jornalista Bernardo Bittencourt. Sepultamento na sexta-feira
Vítima de mal súbito, morreu esta manhã o jornalista Bernardo Bittencourt Neto – o “Nego Bitta”, como era tratado carinhosamente por seus amigos. O falecimento se deu em casa quando se preparava para iniciar o expediente como assessor de imprensa do hospital Evangélico-Mackenzie. Tinha 64 anos. Deixa viúva Laís Castilho Bittencourt e as filhas Juliana e Cassiana, e três netas.
Nascido em Rio Negro e criado com a família em Morretes, Bittencourt iniciou a carreira de jornalista aos 17 anos no extinto “Diário do Paraná”, passando também pelos jornais Correio de Notícias e Indústria & Comércio. Também trabalhou na RPC-TV, nos tempos do antigo Canal 12. Durante 10 anos foi repórter da sucursal de Curitiba da revista Manchete.
Atuou em assessorias de imprensa de diversos órgãos públicos, como Secretaria de Estado da Agricultura e na Prefeitura de Curitiba.
Se vão os bons. Ficam os maus. Isso não é justo. Deus ilumine a família do Nego Bitta.
Até tu, Bitte?! A cada mês que passa um amigo/colega/leitor embarca. Ivan, Ayrton, Luciano, Acir, Dirceu… Foste muito cedo, Bitte. Você ainda não aprendera a escrever como eu, como dizia ser o seu desejo, embora escrevesse muito melhor… Deixa saudade. Um sentido abraço à família. E, Bitte, guarde um lugar para mim aí na rodinha, que eu logo chego. Com a língua afiada, como de costume.
João José, Claret, Airton Batista, Ivan Schmidt e agora o Bittencourt. Estamos, todos, ficando mais pobres. Irremediavelmente. Que Deus dê consolo à família.
Nosso velho e bom amigo Bitta nos deixa, de súbito, enquanto, perplexos, nos perguntamos o porquê de as coisas serem assim. Fomos colegas de trabalho em ocasiões diversas. Fomos, também, no correr das décadas, parceiros de conversas, bares, instantes mágicos em que outros tantos de nossa geração, como Manoel Carlos Karam, Raimundo Caruso e companheiros de redações do velho e bom Estadinho, do também saudoso Diário do PR, soubemo-nos “instruir”, buscqando, no escrever, o driblar de momentos críticos da vida, da política, das coisas tantas que nos acompanharam. Pois bem: fica na lembrança a imagem de um Bitta com aqueles suspensórios – a marca registrada do grande amigo que agora nos priva de sua presença. Fica também o conforto e o consolo à família. Foi embora, talvez, um dos últimos moicanos da nossa geração lúdica e romântica, remanescente de uma época do fazer notícia com o coração sonhante, com a alma pura, com o desejo de ser feliz. Vai em paz, amigo!
Bitta não ria. Ele bem-humorava, sempre, toda hora. Agora, pensem num cara que se apaixonou prum negão de suspensório logo no primeiro encontro…