15:25Sem prejuízo

Do blog Não Viu?, em reportagem de Vinícus Ferreira 

O CUSTO DO ESCRITÓRIO DA ITAIPU EM CURITIBA: GENERAL DESMONTA A TESE DE QUE A TRANSFERÊNCIA PARA FOZ DARÁ PREJUÍZO PARA A EMPRESA

A desculpa esfarrapada de que a transferência para Foz do Iguaçu do Escritório da Itaipu em Curitiba causará prejuízo para empresa, utilizada como sofisma (argumento capcioso com que se pretende enganar ou fazer calar o adversário) por alguns antigos dirigentes da Binacional, começou a, felizmente, cair por terra.

Pela primeira vez, depois que anunciou a transferência desse escritório para Foz, o diretor-geral brasileiro de Itaipu, general Joaquim Silva e Luna, se reuniu, em Curitiba, com os empregados que trabalham lá, para acalmar ânimos, explicar a situação e pedir a união de todos.

Nesse encontro, dois temas revelados merecem uma atenção especial:

1º-) Silva e Luna disse que “a economia com a transferência terá impacto inicial na folha, mas esse custo deverá ser absorvido a curto prazo, com economia de recursos. Os cálculos foram feitos e estão sendo revisados, para serem divulgados em breve”. Ou seja: o argumento do prejuízo é, tudo indica, uma enganação;

2º-) O general explicou ainda que “com a centralização em Foz do Iguaçu, onde agora está o centro de decisão de Itaipu, será possível resolver o problema das estruturas replicadas, chamadas de sombreamento, existentes em Foz e em Curitiba”. Tradução: vai acabar esse privilégio de diretores, superintendentes e outros privilegiados terem duas secretárias, dois gabinetes, duas estruturas de trabalho etc…, localizadas em Foz e em Curitiba.

Não faz sentido manter um escritório em Curitiba com quase 150 empregados, quando o centro de comando é em Foz do Iguaçu, local onde até mesmo os diretores estão lotados.

Pior ainda é pagar diárias e passagens para esses empregados, a maior parte gente com cargo de chefia, para ir e vir de um local ao outro para trabalhar.

Só a título de exemplo: Itaipu tem cerca de 1.400 empregados, dos quais 150 estão em Curitiba. O óbvio e racional administrativamente seria que a Superintendência de Recursos Humanos fosse sedia em Foz do Iguaçu, certo? Mas ela está sediada em Curitiba. Por quê? Só pode ser para privilegiar superintendentes e diretores com passagens aéreas, milhagens e diárias, ou não? É um absurdo ou não é? Mas esse é outro capítulo que o Não Viu? está levantando e vai publicar posteriormente.

O escritório de Curitiba é da década de 1980 e não deveria existir há muito tempo. Só foi criado por questões políticas.

E, graças ao bom senso do atual diretor, ele será enxugado, quiçá desativado.

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