Do blog de Lauro Jardim em O Globo
A casa está perto de cair para quem durante décadas operou com Dario Messer, o doleiro dos doleiros, foragido desde maio do ano passado, quando foi deflagrada a Operação Câmbio, Desligo, uma das fases da Lava-Jato fluminense.
Messer está fechando sua delação premiada com o MPF. Mais do que isso: sua mulher, Rosane, e os filhos Dan, Denise e Deborah e até um genro já estão com suas delações assinadas e homologadas pela Justiça.
No acordo negociado para Dario, R$ 240 milhões terão que ser pagos. Sua mulher e filhos também serão multados em pelo menos outros R$ 200 milhões. O pagamento, neste caso, será em dinheiro, joias e obras de arte.
Estima-se que Dario Messer tenha aberto 3 mil offshores em 52 países. O banco que controlava em Antígua, o Evergreen, tinha 429 clientes entre políticos, esportistas e empresários.
O cerco sobre Dario Messer se fechou em várias frentes. Num acordo da Justiça brasileira com a do Paraguai (Dario tem dupla nacionalidade, brasileira e paraguaia), ficou definido que os cerca de R$ 410 milhões que o doleiro possui naquele país serão bloqueados. Metade desse valor será repatriado para o Brasil, a partir de uma decisão do juiz Marcelo Bretas.
As delações fazem os partidos reverem suas “éticas”. Isto para tentar iludir nossas mentes e fazermos acreditar que os novos estatutos de condutas, fazer se a dos políticos pessoas ilibadas e probas.