por Fraga
Militar que, sozinho, vale por uma tropa, inclusive os cavalos. Estrategista inovador, usa a retaguarda para atacar pelos flancos frontais. Por sua formação desumanista, galgou carreira veloz como um galgo. Orgulha-se de sua ascendência, que parece remontar ao elo perdido.
Um dos grandes pilares da prepotência atual, considera que a truculência já não é o que era, anda muito delicada ultimamente. Diante dos conflitos sociais e em meio aos embates urbanos, faz a farda ser um fardo para os subordinados. Para ele, a hierarquia é fundamental, desde que os superiores não tenham tanta superioridade, liberando os inferiores para ter toda a inferioridade possível. No comando, introduziu o conceito de ordens desordenadas. Sua tática é sua justificativa de ação: não tem tolerância com manifestantes porque são todos uns intoleráveis. Com algum laivo poético, diz que caserna e baderna rimam mas não têm solução. Admite que, se soldados e civis não tivessem tantos joelhos e cotovelos, haveria muito menos choques nas ruas. Convicto, se mostra não favorável ao uso da inteligência bruta, ao contrário da força bruta.
Enfim, é perfil para ser olhado de lado.