Do enviado especial
Os sindicatos dos funcionários públicos se preparam para a batalha que está por vir. Não aceitam outro ano sem o pagamento da data-base. Liderados pelo Fórum das Entidades Sindicais e pela APP afirmam que estão preparados para as últimas consequências caso o Governo confirme o reajuste zero. A greve é quase certa.
Os números e cenários apresentados pelo Palácio Iguaçu nas rodadas de negociação não convencem o funcionalismo. Acumulando perdas de 16 % devido ao arrocho dos últimos quatro anos, a turba exige no mínimo o pagamento da inflação acumulada nos últimos meses, e diz que há espaço para o reajuste.
Citam a redução que vem ocorrendo no percentual dos gastos com a folha. O índice que era de 46,23 % há um ano fechou 2018 em 44,56 %, segundo dados oficiais divulgados pelo Tribunal de Contas. Na avaliação dos técnicos dos sindicatos a queda se acentuou nos primeiros meses de 2019, o que assegura folga no caixa para o pagamento da data-base.
Além disso, a turma carrega cópias do documento assinado pelo governador Ratinho Jr, pelo secretário chefe da Casa Civil, Guto Silva, e pelo líder do Governo, Hussein Bakri, no ano passado, às vésperas do período eleitoral, solicitando reajuste de 2,76 %. Se podia naquele momento, porque não pode agora ?! É o questionamento dos servidores. Pelo jeito, a guerra está só começando.
não que eu morra de amores pelo corporativismo do funcionalismo (perdão pela rima), mas chamá-los de turba não é lá muito respeitoso, né?
Sem polêmica. Do dicionário Turba: substantivo feminino. 1. grande número de pessoas, esp. quando reunidas; multidão, turbamulta, turbilhão. “a t. dos poetas medíocres”