De Rogério Distéfano, no blog O Insulto Diário
Senso de humor, mais uma coisa entre centenas em que Lula supera Jair Bolsonaro. Não é de estranhar. O humor é manifestação da inteligência. Ao saber que Sérgio Moro debutou no Twitter dizendo que ali provava ser ele mesmo – ?! precisava? – o Twitter de Lula disparou: “ele sempre teve dificuldade com provas”. Falando de humor, o ex-Sergio Moro superou Damares Alves, Ricardo Vélez e até o próprio presidente naquilo que nos EUA se chama “laughing stock”: tudo que faz e diz transforma-se em ‘estoque de riso’, na tradução literal, fonte de chacota em leitura mais larga.
Ele caiu no “instant karma”, celebrizado na canção de John Lennon (ver o vídeo). Moro vinha bem como juiz da Lava Jato, festejado no Brasil e no Exterior pelo rigor das sentenças contra a corrupção. Tornou-se celebridade, impulsionou a indústria de adesivos com o “Lava Jato, eu apoio”, ainda hoje esquecidos nos automóveis. Se foi o alter ego ou se foi o ego, se foi a mulher ou se foi o compadre, lá pelas tantas Moro sucumbiu, caiu como um patinho na cooptação bolsoignárica. E da pior maneira: com a divulgação do depoimento de Lula às vésperas do segundo turno.
Eleito o presidente, Sergio Moro estava entre os primeiros escolhidos para o ministério. Ao se afastar da magistratura, Moro desagradou a todos, até aqueles a quem condenava. Aos apoiadores soou como traição. Aos que condenou, a entrada no ministério alimentou críticas quanto a seu caráter e sua consistência como julgador. Moro deixou um travo de decepção que não conseguiu vencer com a maior de todas as suas desculpas esfarrapadas, a ‘metáfora da bola’, que como juiz vinha cansado de “levar bolada” nas costas.
Ser juiz é escolha, destino, foi sacerdócio, hoje é profissão bem remunerada, que traz na bagagem a “bolada nas costas” das sentenças reformadas em grau de recurso. O karma caiu como um raio em Moro. Nada do que faz dá certo. Tem as propostas sem pé-nem-cabeça como a do barateamento do cigarro, em que transita sem freio, em alta velocidade e de olhos vendados na contramão da história. Nada do que Moro fala cai bem, na patética revelação de que suas ideias não são maturadas, seu raciocínio é deficiente e sofre de incompatibilidade genética com o idioma.
O instant karma, a punição de Moro, se faz do pior modo possível: no laughing stock, permanente alvo de chacota. A política brasileira teve expoentes na área, um deles com a quantidade de sucessos de Sergio Moro. Benedito Valadares, interventor em Minas na ditadura Vargas, mandou baixar decreto proibindo o último vagão nas composições ferroviárias ao saber que neles ocorria o maior número de vítimas nos acidentes. Mas Benedito teve longevidade política. Porque era inteligente e, dizem, explorava e cultivava a aura de burro. E Moro?
Eu não acho o Moro um palhaço ou um trambiqueiro,o que afirmo que ele é um grande canalha e o povo não se deu conta disso por que temos uma maioria muar.
canalhas de esquerda!!!
brasileiros de verdade deveriam reverenciar o Juiz Sergio Moro.