De Nelson Padrella, em comentário sobre o texto “Curitiba revisitada”, de Dalton Trevisan:
Dalton é apenas o melhor de nós. Já o era naqueles anos que havia uma Curitiba humana no lugar desta, quando ele nos empurrava aqueles livrinhos feitos à mão defronte ao Café Alvorada, e quem percebia que ali estava o gênio das letras, o vampiro protetor das meninas do colégio, o padrinho de casamento de tantas marias e joãos? Curitiba não é esta. É outra, que começava na Praça da Universidade e terminava na Praça Osório (longe havia uma ilha chamada Batel), e havia os muitos cinemas, e discutia-se Política, Filosofia, Artes, o último livro de Sartre, o filme Os Companheiros, Esquerda a Direita ainda se respeitando, dessa Curitiba sinto falta. Na Curitiba de hoje quem lê Dalton, quem discute arte nas rodinhas de café?
No til, Padrella. Minimal crônica. É isso.