João Cabral bateu no portão na forma de um vizinho – e mandou o recado. Este chegou junto com uma foto da hora, a que o poeta fez para cantar a beleza sem escrever palavra. A lua! Depois do fogo no horizonte ao cair da tarde fresca, tudo veio como o canto dos galos na manhã de Melo Neto – e no aviso que se juntou à imagem e formou a teia tênue, para iluminar as almas dos que ainda conseguem ver.
O vento calmo e gentil sopra fresco pela janela entreaberta,milhões de grilos entoam um cântico sem fim num silencio sideral.As vezes sou interrompido pelo canto de algum pássaro boêmio,ai volto a ouvir as batidas do emu coração.
Adormeço depois desse papo com Deus.