Como a vida segue, mas o passado não se apaga, ainda mais na era da internet e dos arquivos, um amigo do blog vibrou ao acompanhar o noticiário sobre o acordo de leniência da concessionária CCR Rodonorte com o Ministério Público Federal, onde a empresa confessa que pagou propina a agentes públicos no Paraná, etc. e tal. O que o xereta quer saber é o que têm a dizer os integrantes da “Caravana do Renova Pedágio” que, em 2015, saiu de megafone na mão defendendo a renovação do pedágio, este cujos contratos terminam em 2021, para mais 24 anos. No texto abaixo, publicado no dia 03 de julho de 2015 pelo jornalista Claudio Osti, do blog Paçoca com Cebola, ele revela as iniciais dos principais defensores da tese: Ágide Meneguetti, Cida Borghetti e Eduardo Sciarra. E agora? Confiram:
Ágide Meneguetti pagou pedágio alguma vez?
Desde 1997 será que o fazendeiro milionário de Maringá Agide Meneguetti pagou ou suas empresas algum pedágios? A Usina Santa Terezinha pagou algum pedágio? Parece que não. A Federação dos Agricultores do Estado do Paraná (FAEP) fez a conta de quanto custou ao produtor paranaense o pedágio entre interior e os portos de Santos e Paranaguá? Entre a soja paraguaia e Paranaguá? E ainda quer dar para Viapar, Ecovias, Ecorodovias, Econorte, Caminhos do Paraná e Rodonorte CCR mais 24 anos de pedágio?
Ele está liderando com a Vice governadora Cida Borgheti, de Maringá, e o ex-deputado de Cascavel, Eduardo Sciarra, a Caravana do RENOVA PEDÁGIO. Os dois políticos financiados pelas empreiteiras donas dos Pedágios. Querem que os contratos que vencem daqui a 6 anos sejam estendidos por mais uma geração de paranaenses a partir de 2022. Com o compromisso das empreiteiras (algumas no LavaJato) de refazer o cronograma de duplicação e ampliação das rodovias que cobram caro desde Jaime Lerner, Roberto Requião e Beto Richa. Foram 19 anos de mamata, de apoio financeiro a políticos em campanha eleitoral, de CPIs sem solução, de um Ministério Público Federal e Estadual silente e omisso, de uma Justiça Federal e Estadual lenta.
Então Agide Meneguetti quer acreditar mesmo neste balão de ensaio? Deixe terminar os contratos, executem as obras contratadas e TALVEZ licitem de novo pelo governo federal as rodovias, ou entreguem para a própria administração de consórcios de prefeituras (como Londrina quer na PR 445). Agora ficar meio século na mão de empreiteiras gananciosas como CRAlmeida, Triunfo, Redram, GetzLobato, Cowan, bancos e investidores estrangeiros é pedir demais.
Trecho:
“Para que elas realizem as obras de forma efetiva, a comitiva considera a melhor estratégia que o Governo Federal aprove a renovação do Convênio de Delegação das rodovias do Anel de Integração por mais 24 anos, a partir de 2022 e, posteriormente, nos aditivos contratuais referentes às rodovias federais do sistema. De acordo com a Faep, a partir dessa nova delegação será possível iniciar as negociações com as concessionárias, o que pode significar a antecipação de obras previstas nos contratos iniciais de 1997 e que estão emperradas. Em detrimento de mudanças contratuais, entre o Estado e as concessionárias, durante as décadas de 1990 e 2000, boa parte das obras exigidas nos contratos foram canceladas ou adiadas para o final dos contratos, que se encerram em 2021.”