por Fernando Muniz

Não me interessa o passado. De lá não tiramos nada de útil. Guerras, conquistas, templos e castelos, civilizações extintas; o que isso nos ensina? Que os fortes vencem. Mas para chegarmos a essa conclusão não precisamos perder tempo com os mortos, basta ligar a TV.

Quem olha para trás não vê o que surge à sua frente, não entende o que está por vir e muito menos enxerga o que está acontecendo agora. E isso vale para qualquer coisa. Por exemplo, o que Maradona ou Pelé significam para Messi ou Neymar? Nada. Absolutamente nada. E os que vierem depois desses aí também não deverão nada a quem ficou para trás.

Preservar as tradições? Resgatar nossas origens? Para quê? Conversa fiada, de gente chata que vive de bolsas do governo fazendo pesquisas sem relevância. Proteção ao meio ambiente? Daqui a uns dois ou três anos a tecnologia vai dar conta dos desequilíbrios. Aqui sim, o dinheiro público deveria ser aplicado; novas técnicas para transformar o planeta, não teorias para explicar o que já aconteceu.

O mundo está cansado de explicações. Fascismo, socialismo, ideologias em geral? Coisa de fracos, que não sabem andar pelos próprios pés, enganados por gente morta cujas ideias levaram tantos ao túmulo. Morte às doutrinas!

A marcha adiante destrói o arcaico, sempre foi assim e sempre será. É só esse culto ao passado, aos que já morreram, não atrapalhar; isso deveria ser proibido nos currículos escolares, por sinal. Quem gosta de coisa velha é bolor.

Morte à História! E os vencedores que nos carreguem junto.

Rumo ao futuro.