De Rogério Distéfano no blog O Insulto Diário ( http://www.oinsultodiario.com/ )
Li há tanto tempo que perdi a fonte. Talvez no ‘Folclore Político, de Sebastião Nery, não reeditado. Pode ser fato, pode ser folclore, lenda urbana. Getúlio Vargas nomeou amigo para cargo na alfândega e deu-lhe um conselho: “quando quiserem te corromper, me avise”. Passado um mês vem o telegrama do amigo, o tão temido aviso: “Getúlio, me tire daqui. Os homens estão chegando no meu preço”.
Estou que nem o amigo de Getúlio. Embora não seja amigo de Jair Bolsonaro, longe disso, mando-lhe um pedido, direito de cidadão: “Presidente, ponha um parágrafo no decreto proibindo que eu tenha armas. Ao liberar o uso de armas, o senhor chega ao meu preço. Uma neurose na cabeça e uma pistola na mão, começo a atirar em motociclista que patina, motorista que buzina, vizinho que azucrina e parente que alucina”.
Ótimo: desaparecerão todos. O motociclista que patina, o motorista que buzina e os demais xaropões.
Mas nada mudou, a Lei é a mesma de antes e o ilustre Rogério, pelo que ele mesmo escreveu, continua fora por conta do inciso VII do caput do Artigo 12 do Decreto nº. 5.123, de 2004:
– comprovar aptidão psicológica para o manuseio de arma de fogo, atestada em laudo conclusivo fornecido por psicólogo do quadro da Polícia Federal ou por ela estar credenciado.