Do enviado especial
O PMDB elegeu hoje a nova direção do partido no Paraná. Roberto Requião, derrotado nas urnas, tido como o responsável pelo apequenamento do partido na última década e, por isso, rejeitado pelas lideranças de todo o estado, deixou a presidência, que agora caberá ao deputado federal João Arruda. Este articulou seu nome prometendo oxigenar o partido e dar uma nova imagem à legenda – o que necessariamente passaria por um afastamento de Requião. O que na teoria parecia uma campanha de oposição ou independente, na prática deixa o comando político, administrativo e financeiro do MDB nas mãos do clã. Além de Arruda, sobrinho de Requião como presidente, o partido terá o filho de Requião, Maurício, como primeiro-secretário e a sobrinha do senador, Daniele, como tesoureira. O próprio Requião será vogal com direito a voto na executiva. Como ensina o príncipe de Falconeri (no livro O leopardo), “tudo deve mudar para que tudo fique como está”.
Exageraram nos cargos da família, Presidência, Secretaria Geral e Tesouraria.
Começaram mal com tanto apetite, parece até que a emenda ficou pior que o soneto.
O MDB vai encolher ainda mais desse jeito.