9:47Nove meses!

No hospício chamado Brasil não funciona assim: nove meses depois do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSol), o general Richard Nunes, secretário da Segurança Pública do Rio de Janeiro, disse, em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, que “ela foi assassinada por atrapalhar ‘negócios’ de grilagem de terra de milicianos na zona Oeste da capital fluminense”. Alto lá! Apesar de toda a repercussão do caso, o crime não foi esclarecido e esse motivo aí era conhecido desde antes de ela levar uma rajada de balas na cabeça, pois estava sendo ameaçada. Perguntar para ofender: se um figurão do andar de cima do poder daquele estado fosse assassinado, ou mesmo um investigador da Polícia Civil, quanto tempo demoraria para os autores terem sido presos ou cravejados de chumbo como a vereadora e o seu motorista foram naquela noite? Tanta demora e tanta baboseira divulgada em forma de explicação só faz confirmar quem liga lé com cré no beabá disso que está aí: se puxarem o verdadeiro fio para esclarecimento disso, cai a mansão e o condomínio de bacanas inteiros. Parece que até agora, pela marcação cerrada que faz a imprensa nessa barbaridade, não conseguiram achar um meio de proteger tudo com a invenção mais ou menos plausível para o que fizeram. É ou não é?

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