Tem de ser equilibrista até o final. E suando muito, apertando o cabo da sombrinha aberta, com medo de cair, olhando a distância do arame ainda a percorrer – e sempre exibindo para o público um falso sorriso de serenidade. Tem de fazer isso todos os dias, para os outros, como se na vida você não tivesse feito outra coisa, para você como se fosse a primeira vez, e a mais perigosa. Do contrário, seu número será um fracasso.
Boa tarde. Estou procurando uma crônica de Sabino, que até onde li, não foi incluído em nenhum livro. Foi publicado entre 1978 e 1980. Tratava de uma conversa no corredor de um tribunal, com advogados, promotores e um juiz de idade, que contava um caso fascinante, mas tinha alguns lapsos de memória, Isso fazia com que um ou outro saísse pelo tribunal buscando informações para tapar esses lapsos. Lembro de duas coisas: 01) O uso da expressão “juiz mocinho” para definir alguém. e 02) O réu em um julgamento identificou uma pessoa citada pelo veterano juiz, fechando mais uma lacuna.