Que legal essa história de redução do repasse da grana do orçamento do Estado para a Assembleia Legislativa. Ratinho Junior, o futuro governador apoia. Cida Borghetti, a atual, aplaude e informa que, ao receber o ofício, encaminha imediatamente o pedido de alteração na Lei de Diretrizes Orçamentárias. O Natal está chegando, os sinos bimbalham, e quando surge algo assim, como se o espírito da época baixasse sobre as excelências… hummmmm. O que se anuncia é uma redução de 3,1% oara 2,5%. Beleza! Juntando lé com cré isso quer dizer que há sobra de caixa – e isso, com pompa, festa e foguete, foi demonstrado durante a gestão do senhor Beto Richa quando cheques imensos de “devolução” aos cofres públicos surgiam nessas ocasiões, alardeando a “economia” de até R$ 250 milhões, como aconteceu uma vez. Não há como ser contra tal tentativa, mas isso, de cara, comprova que sempre sobrou dinheiro para sustentar este poder. Primeira dúvida, simples, que surge: como vão reagir os nobres conselheiros do Tribunal de Contas cujo orçamento sai do que vai para o Legislativo? Ali, a maior parte do dinheiro vai para a folha de pagamento. A ideia, claro, é que a arrecadação do Estado siga sempre em crescimento. Apostasse também na nova administração federal para se tirar o país do atoleiro e que a economia cresça. Mas, como questionou de forma correta a Gazeta do Povo hoje: e o poder Judiciário, como vai se comportar se a redução for mesmo implantada? A turma da capa preta também vai se comover? E os guardiões do Ministério Público Estadual, sempre zelosos na proteção dos direitos do povão que paga a conta? O enredo apresentado foi bem bolado. Aguarda-se o que vem por aí, mas desconfiar sempre é preciso.