por Claudio Henrique de Castro
Um consumidor, às vésperas da concessão da aposentadoria do INSS recebeu, em três dias, quinze ligações no telefone celular e oito mensagens de texto; a mulher dele, mais quatro ligações – todas feitas por instituições financeiras oferecendo-lhe empréstimo consignado.
Certamente, alguém repassou, indevidamente, os dados dele às financeiras que lhe ofereceram o “crédito barato”.
Afinal, quais os direitos do consumidor no empréstimo consignado?
Ele tem direito às seguintes informações: valor total financiado, isto é, o valor que recebeu e o valor total que deverá pagar; a taxa mensal e anual de juros; o valor para quitar o empréstimo antes do vencimento, total ou parcial, e o desconto proporcional dos juros.
Tem o direito de receber o contrato que assinou, seja na forma digital ou física. Tem garantido o sigilo das informações cadastrais que forneceu à instituição financeira.
Alerta: o consumidor nunca deve assinar o contrato em branco, para que seja preenchido depois.
Pode fazer a portabilidade de crédito, isto é, oferecer o contrato para outro banco, com taxas mais atrativas, com a redução do valor mensal ou das parcelas.
Alguns aposentados “emprestam” para seus filhos ou netos o consignado de suas aposentadorias, sob a promessa de que eles paguem, mas isto pode não ocorrer.
Atenção com eventuais fraudes neste tipo de empréstimo, pois o consumidor pode descobrir que estão lhe descontando valores que não contratou. Neste caso, o INSS e a instituição financeira devem ser imediatamente informados e tomadas as medidas penais cabíveis.
Em caso de irregularidades não resolvidas pelas instituições financeiras, o consumidor pode reclamar junto ao Banco Central (www.bcb.gov.br) e informar o protocolo de atendimento.
A margem consignável é no máximo de 30% (trinta por cento) e 5% (cinco por cento) com cartão de crédito consignado.
As taxas dos juros dos consignados normalmente são menores que outros produtos financeiros.
Contudo é sempre bom lembrar que os juros praticados no Brasil são os mais altos do mundo, o que garante aos bancos brasileiros lucros bilionários às custas de uma economia rentista e da ciranda financeira.
O ideal é que o consumidor poupe e não contraia empréstimos. Se optar por financiar algum bem ou serviço, ele deve analisar muito bem os custos envolvidos e o prazo de pagamento, e finalmente, deve buscar as melhores taxas praticadas no mercado.
Como sempre oportunas e pertinentes informações.
Obrigado!!!