12:26Ticiana Vasconcelos Silva

Quem me viu pelas beiradas
Até duvida de minha estrada
Que não é comum nem calcada
Em cemitérios, remédios, sacrilégios
Parei para admirar o mar
E me vi de repente em uma estrela
Distante, solitária, pequena
Aos olhos incapazes de a admirar
Porque quanto mais longe eu ia
Mais eu sabia
Que o mundo é dos cegos
Que ainda buscam opostos
Eu me mostro
Porque não sou criatura
Sou criadora
Da vida, da realidade, da vontade, do olhar
E quem olhar para trás verá
Que ontem eu fui humilde
Hoje sou normal
Amanhã serei poeta
Para os que ficam, um aviso
Não sou mais um amigo
Sou uma busca da liberdade
De quem me vê com maldade
Fiquem, não irei demonstrar meu amor
A quem nunca pôde supor
Que a minha alma é secreta e minha amante
Adeus, não volto mais
Porque arrisquei em ver sinais
Que me diriam que eu estava certa
A seta sinalizou o que sempre me elevou
E agora é para lá que eu vou

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