Do analista dos Planaltos
O juiz Fernando Fischer, que decretou a prisão do ex-governador Beto Richa, é de uma família que gosta muito da atividade judicante. Seu pai é ninguém menos que o ministro Félix Fischer do STJ. O irmão Octavio Fischer é desembargador no Tribunal de Justiça do Paraná. Curioso nessa história toda, além do fato de só aí uma mesma família receber mais de R$ 12 mil de auxílio moradia, é que Beto Richa, então governador, foi quem escolheu Octavio Fischer, ainda jovem e sem muita experiência e histórico na advocacia, numa lista tríplice da OAB do Paraná para ocupar uma importante cadeira no TJ.
Matéria plantada, com má-fé e irresponsabilidade. O ministro Felix Fischer e seus filhos Octavio e Fernando são reconhecidos pela firmeza como magistrados, retidão de caráter e sólida formação jurídica. O maledicente texto esqueceu de mencionar que Octavio Fischer era advogado e professor de direito tributário, quando encabeçou a lista sextupla elaborada pela OAB-PR e também encabeçou a lista tríplice do TJ-PR ao ser indicado para nomeação pelo governador. E que, na ocasião, seu nome foi levado ao Palácio pela então Secretária da Justiça do Estado e pelo Presidente do TJ-PR, que defenderam com veemência sua nomeação pelo governador. Na guerra suja da política, é preciso preservar a dignidade de pessoas de bem. Modus in rebus. As coisas devem ter limites.
Tudo santo querendo servir ao povo Brasileiro. O auxilio moradia é só um detalhe oras bolas.
Esse Reinaldo esqueceu de defender o auxílio moradia dos três “pobres” magistrados.
Só os três custam ao erário público algo em torno 12 mil por mês para poderem morar.
Por outro lado, senhor Reinaldo, seu próprio texto demonstra um favorecimento irregular, pois o fato de o Presidente do TJ levar um nome de sua preferência, em detrimento de outros dois candidatos, sendo que hierarquicamente este desembargador poderia se valer dos esforços e votos do ministro pai para uma eventual subida dele para o STJ, em tese, poderia ser uma espécie de troca de favores.
Ao contrário de demonstrar um legítimo diferencial de qualidade desse candidato a desembargador, denota o uso de uma influência duvidosa.
Sob outro lado ainda, senhor Reinaldo, traduz, por gentileza, e explica para os humildes leigos assim como eu, o que significa Modus in rebus. Parece-me um palavrão, estou certo?