Sobre o debate da TV Band com os candidatos ao governo do Paraná:

– O momento mais sincero foi quando um deles disse que iria fazer uma pergunta para ele mesmo. Pelo formato do programa, todos fizeram isso o tempo todo.

– Se Ratinho Junior não tivesse direito a fazer perguntas, ele, que lidera as pesquisas, poderia ser considerado ausente da refrega, porque os outros o colocaram num freezer e só não amarraram com correntes e cadeados porque não era permitido. Quando pode, demonstrou que se prepara para a disputa desde que entrou na vida política com a ideia fixa de governar o Paraná. Ah, sim, ele está cada vez mais parecido com o pai.

– Cida Borghetti foi a vencedora do campeonato do atrapalho, mesmo porque é candidata forte e havia uma grande expectativa sobre seu desempenho. Estava nervosa. Lembrou um pouco o ex-governador Jaime Lerner quando lhe colocavam um microfone na frente, acendiam as luzes e uma lente de câmera lhe era apontada. Ela não conseguiu passar nem a simpatia que lhe é característica. Nos trinques, o cabelo e a maquiagem.

– João Arruda estava seguro como Roberto Requião em qualquer debate. Talvez por osmose, até repete alguns gestos característicos do tio senador quando tem uma plateia. Fala bem, é boa pinta, treinou bem no teretetê da Câmara dos Deputados – e ontem tinha a vantagem de se sentir em casa, por ser genro do dono da emissora.

– O Dr. Rosinha mandou recado para Lula e o quer ver livre da cadeia.

– Ogier Buchi teve seu momento Bolsonaro descontrolado ao defender o direito de o cidadão como ele andar armado. Pela veemência, parecia que já estava dando o exemplo. Repetiu algumas vezes que é de direita, mas na tela estava na extrema esquerda dos candidatos.

– O Professor Piva é o Professor Piva – e não uma versão adulta de Alfred E. Neuman.