por Jamur Junior
O escritor paquistanês Tariq Ali, professor em Oxford, escreveu vários livros de grande sucesso. Num deles, “Redenção”, faz uma analise do movimento comunista internacional. Na página 269 ele cita a dificuldade que o comunismo encontra quando os pretendidos companheiros são membros de alguma religião, especialmente católica. Um dos lideres diz: “Devemos entrar nas igrejas, nas mesquitas, nas sinagogas, nos templos e assumir liderança”. Mais na frente outra afirmação do líder: “Dentro de dez anos, posso prever que pelo menos três ou quatro cardeais, dois aiatolás, dúzias de rabinos e algumas das menores igrejas estarão sob nosso controle. Nosso objetivo é ocupar o Vaticano e eleger um papa do nosso movimento”. Já se passaram mais de dez anos e se aconteceu alguma coisa do previsto pelo líder, não sei. Disso aí dá para tirar algumas conclusões, inclusive sobre a disputa eleitoral onde direita e esquerda se enfrentam num jogo muito duro e nada leal.