História curitibana enviada pelo jornalista Rafael Moro Martins:
Ontem, por volta das 17h45, utilizei a passagem para pedestres (pavimentada com paralelepípedos) que liga o Museu Oscar Niemeyer (acesso pela rua Veira dos Santos) ao Bosque João Paulo II. Assim que entrei na trilha, vi que vinha por ela, subindo do parque em direção à Vieira dos Santos, uma motocicleta em velocidade considerável. Reclamei com o motociclista – afinal, aquela é uma passagem para pedestres. A resposta dele foi a seguinte: “Qual seu problema? Eu sou funcionário do parque”. Quero crer que, no parque mais regulado da cidade (até para tirar fotos ali é preciso autorização!), as regras também devam ser respeitadas pelos funcionários, certo? Ou estou errado? Com a palavra, a prefeitura de Curitiba.
Cada um é dono do pedaço.
Falta respeito às leis.
Primeiro passo para a Ditadura é o Guarda Mirim tomar conta do Pedaço.
Quando até Guarda Municipal quer ser chamada de POLÍCIA MUNICIPAL, é o fim da democracia.
Todos querem ser autoridades.
E ninguém faz o dever de casa.
“Em 13 de dezembro de 1968, quando o governo Costa e Silva impunha ao país o Ato Institucional 5, o vice-presidente, Pedro Aleixo, foi o único a discordar dos termos da regra do regime de exceção. Presidente, o problema de uma lei assim não é o senhor, nem os que com o senhor governam o país. O problema é o guarda da esquina, disse Aleixo.”