Do enviado especial
O final de semana foi animado entre os reitores das universidades estaduais. Tudo por conta de vetos ao projeto de lei que autoriza a incorporação da gratificação de Tempo Integral e Dedicação Exclusiva, a famosa Tide, na aposentadoria de professores universitários. A ideia original já parecia bizarra, uma vez que o cidadão continua a ganhar salário e o penduricalho depois de parar de trabalhar – talvez para que se dedique com exclusividade e em tempo integral ao “dolce far niente”. A justificativa da lei era de que a Justiça já reconhecia este direito em ações movidas por docentes. Mas só isso não era suficiente. O lobby dos reitores e sindicatos fez com que deputados apresentassem um substitutivo geral ao texto original. Bingo! O projeto aprovado garantiu a aposentadoria vitaminada – e muito mais! Permitiu que mesmo aqueles que recebem a Tide (para não esquecer: Tempo Integral e Dedicação Exclusiva) possam receber outras gratificações por atividades como palestras, cursos e pesquisas realizadas pela instituição onde está lotado. Além disso, permitiria que o professor fosse nomeado para um cargo em comissão em outro órgão do Estado, mantendo o ganho por “dedicação exclusiva” no posto original. Esses e outros jabutis foram vetados pela Procuradoria Geral do Estado. A reação imediata foi liderada por um velho conhecido do corporativismo no serviço público. Trata-se do magnífico reitor da Universidade Estadual de Maringá, Mauro Baesso, o mesmo que se recursou a aderir ao sistema Meta 4, programa que faz o controle dos salários de todos os servidores do Estado. A semana promete!
temos que ressaltar algo nesta matéria…uma coisa é vc contribuir para a Previdência com X e depois lá na aposentadoria receber Y…no caso dos docentes TIDEs o abatimento da previdência é sobre o salário incluído o TIDE e o projeto em questão é era pra que na aposentadoria fosse contabilizado o tempo proporcional à esta contribuição…. acho muito engraçado tais questões contra os professores uma vez que um vereador semianalfabeto pode se aposentar após dois mandatos com salário integral e várias outras benesses e o mesmo argumento vale para senadores, deputados….não vejo nenhum pelego do governo achincalhar tal fato!!!!
“Cesar diz:
16 de julho de 2018 às 21h 07
E veja que caso interessante:o atual secretário de ciência e tecnologia do Paraná recebe salário como professor d do departamento de administração da UEM e,ao mesmo tempo,recebe subsídio de secretário estadual.Mas que coisa interessante:a sede da secretaria de ciência e tecnologia é em Curitiba.Então ,quer dizer que o sujeito está,ao mesmo tempo ,em Maringá e em Curtiba?
Pode isso? É legal essa acumulação?”
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