Do site Diário do Poder
Relator do projeto dos agrotóxicos é dono de empresas do setor
Luiz Nishimori conduz projeto que beneficia suas empresas
O deputado Luiz Nishimori (PR-PR), relator do projeto de lei que flexibiliza regras para a liberação de agrotóxicos – conhecido como ‘PL do Veneno’ –, é responsável por duas empresas que vendem venenos agrícolas. A informação foi divulgada pelo portal Congresso Em Foco.
As duas empresas têm sede em Marialva-PR. São elas a Mariagro Agricultura e a Nishimori Agricultura, que comercializam e prestam serviços relacionados a sementes, fertilizantes e “defensivos fitossanitários”.
O nome é utilizado, segundo o site, para amenizar o peso negativo do termo “agrotóxicos”. O parlamentar fez carreira como produtor de soja na região de Marialva antes de entrar na política.
Ambos os empreendimentos estão em nome de familiares de Nishimori: a mãe, a esposa e os filhos, de modo a não serem vinculados diretamente a ele. O deputado tampouco precisou listar as empresas na declaração de bens exigida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Questionado, Nishimori afirma que as empresas pararam de vender agrotóxicos “há muito tempo, uns 20, 30 anos”. Confrontado pelo site com a informação da presença na lista de vendedores de agrotóxicos de 2014, há quatro anos, o parlamentar desconversou e quis encerrar a entrevista.
“Desde que entrei na política, em 2002, que não vende [agrotóxico]. Eu acho que vocês estão distorcendo”, disse. “Minha vida pessoal não tem nada a ver com a atuação parlamentar”, continuou o deputado.
A empresa Mariagro Agricultura chegou a vender um volume tão grande de agrotóxicos que bateu a meta de vendas estipulada pela Syngenta, multinacional que fabrica defensivos. Segundo o deputado, sua empresa teve de entrar na Justiça para receber o prêmio em dinheiro. O processo ainda está em aberto. Para Nishimori, a abertura do processo indica sua isenção com relação a grandes indústrias de agrotóxico.
Marialva, cidade de Nishimori, de forte base rural, é uma das que mais utilizam defensivos no Paraná. Apenas em 2015 foram vendidos 1.332 toneladas de agrotóxicos no local, o décimo maior volume entre os 399 municípios do estado.
Na última campanha, o parlamentar recebeu doações de R$ 30 mil da Cocari (Cooperativa Agropecuaria e Industrial) e outros R$ 30 mil da Integrada Cooperativa Agroindustrial. Ambas as empresas fazem parte da Lista de Comerciantes de Agrotóxicos da Adapar. Ao todo, o deputado recebeu R$ 2,5 milhões entre doações e transferências.
Tem joio no trigo. Alguma dúvida?
Quando é lá fora é chamado de defensivo, aqui dentro é agrotóxico???
Vejam o texto: “vendas estipulada pela Syngenta, multinacional que fabrica defensivos.”
Comentário puxado por ideologia ecochatos de apartamento.
Usamos o dobro de defensivo porque a legislação não permite importar os mais novos, com tecnologia específica para cada tipo de praga que evitam de atacar insetos que fazem bem.
Se fosse aplicado em telecomunicações os mesmo critérios da lei atual de agrotóxico(como está escrito) estariamos importando celular Startac da Motorola e seria proibido a entrada dos Iphones e concorrentes.