por JamurJr.
Fui a Paranaguá fazer o que fiz muitas vezes com a maior satisfação e alegria: visitar velhos amigos de juventude. Não vi nenhum. A maioria deles vê o tempo passar dando apelidos – no Céu. Outros permanecem na porta a espera de um visto no passaporte, mais difícil que o visto dos americanos. A velha praça Fernando Amaro, onde se reuniam para falar mal de muitos, elogiar poucos e criticar políticos, ainda é o ponto de encontro dos parnanguaras. Encontrei dois descendentes de amigos que já partiram para a melhor, como dizia a minha avó. Um deles contou as últimas novidades da cidade e reafirmou o talento que tem para colocar – e colocar muito bem, apelidos. Passava pela praça um cidadão feio, muito pequeno e nariz franzido. “Veja aquele ali. O apelido dele é Meio Peido”.