18:53ZÉ DA SILVA

O nó no nó. Foi mais que isso, eles concordaram. Jogaram com o Cramulhão durante muito tempo – só que ele era o dono de todas as cartas. De repente, os dois deixaram o Tinhoso com a cara no chão. O drible na morte escrita a álcool, pó e sangue. Riram. O mais novo, criativo, sacou mais uma: “O melhor é que do outro lado não tinha a Máfia. Saímos fora e não veio ninguém atrás pra matar”. A conversa passou pelo filme Sétimo Selo, do Ingmar Bergman, mas não eles nunca souberam jogar xadrez. Chegaram então ao Ovo da Serpente e, na distância de mais de três mil quilômetros entre as duas mentes e corpos, mais uma ficou no ar, a dos tempos modernos, estes de agora: “Hoje gato não vai mais atrás de rato e também gosta de ser amiguinho de cachorro”. Desligaram, mas ligados.

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