Há uma revolta dos militantes das diretorias dos sindicatos do funcionalismo público estadual porque a administração do governo Beto Richa não se afundou de vez no segundo mandato (no primeiro, como se sabe, o senador Roberto Requião tinha razão ao afirmar que a máquina estava quebrada – e a mágica feita para a reeleição foi igual ao de Dilma Rousseff no governo federal). Olhando o próprio umbigo, no corpo inchado de servidores, a reclamação dos falastrões é porque atravessou-se os 4 anos de grande turbulência econômica no país e, milagre!, não houve cortes nos investimentos, ao contrário – e os salários destes mesmos foram pagos sagradamente em dia, como revelou ontem a reportagem da Folha de S.Paulo onde se mostrou que no ano passado 25 estados estavam quebrados, com a exceção de dois (o outro foi Rondônia). A turma do bumbo queria, sim, que a companheirada ficasse sem receber, ou recebesse em parcelas os salários, para botar pra quebrar nas ruas, como sempre fazem, esquecendo que o Paraná tem 12 milhões de habitantes e a imensa maioria da ninguenzada trabalha andando no arame, ou seja, se bobear, leva um pé na bunda, ao contrário destes gargantas que gritam em favor da desgraça, desde que os que mandam não sejam cúmplices da causa. Para quem tem estabilidade no emprego e aposentadoria integral, como é fácil espernear…