Nos cenários que testam confrontos de 2º turno, Bolsonaro ganha com folga do pré-candidato do PSDB a presidente, Geraldo Alckmin, 65 anos. O deputado tem 41% contra apenas 18% do tucano.
Já contra Joaquim Barbosa a situação de Bolsonaro piora. O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal registra 37% num eventual 2º turno contra 32% do capitão do Exército na reserva.
A pesquisa DataPoder360 foi realizada nos dias 16 a 19 de abril, por meio de ligações telefônicas (para aparelhos celulares e fixos), e teve 2.000 entrevistas em 278 cidades brasileiras. A margem de erro do levantamento é de 2,2 pontos percentuais. O estudo está registrado no TSE sob o número BR-06596/2018.
O DataPoder360 testou 2 cenários para presidente da República. Como os candidatos ainda não estão definidos –o prazo legal vai até 15 de agosto– a Lei Eleitoral permite que se faça qualquer combinação de nomes.
No caso do levantamento que está sendo divulgado neste sábado (21.abr.2018), a opção foi por fazer 1 cenário no qual fossem testados apenas os políticos cuja exposição indicasse taxas acima de 5% e também 1 nome do PT –considerando-se que a tendência é que o Partido dos Trabalhadores possa ter 1 nome próprio em substituição ao de Luiz Inácio Lula da Silva, no momento preso e cumprindo pena de 12 anos e 1 mês em Curitiba (PR).
Esse cenário 1 ficou com 7 nomes e permite ao eleitor refletir sobre os principais concorrentes ao Planalto até este momento.
Os resultados desse cenário, com uma casa depois da vírgula, foram estes: Jair Bolsonaro (22,4%); Joaquim Barbosa (16,3%); Ciro Gomes (8,4%); Marina Silva (8,2%); Fernando Haddad (7,4%); Alvaro Dias (6,3%); Geraldo Alckmin (5,5%); branco ou nulo (17,3%) e não sabe ou não respondeu (8,2%).
Como se observa, o chamado “não voto” está na casa de 25% dos eleitores nesse cenário. O “não voto” é o grupo dos que dizem que votam em branco, nulo e nenhum e os que não sabem ou não respondem.
O que também chama a atenção nesse cenário é o desempenho modesto do tucano Geraldo Alckmin e o percentual do petista Fernando Haddad, de 55 anos.
Os nomes do PT citados para ocupar o lugar de Lula sempre têm, em geral, perto de 1% ou 2% em pesquisas que incluem mais de 10 políticos na lista de candidatos. Nesta simulação, apenas com os mais competitivos na disputa neste momento, já é possível perceber que dificilmente o PT deixará de ter algum peso na corrida pelo Planalto –apesar de seu maior líder estar preso.
A seguir, uma tabela com os dados desse cenário com 7 nomes e já com os percentuais arredondados para facilitar a leitura:
3º LUGAR EMBOLADO
Como se observa, o 2º lugar fica embolado entre 5 candidatos, todos empatados dentro da margem de erro da pesquisa, que é de 2,2 pontos percentuais.
Por que testar 1 cenário que possivelmente não existirá no 7 de outubro, já que há indícios de que esta eleição terá muitos candidatos? Quem responde é o cientista político Rodolfo Costa Pinto, responsável pelas pesquisas do DataPoder360:
“Este é 1 momento em que jornalistas, políticos e analistas já estão pensando muito na eleição. Mas a população em geral ainda não está ligada nesse debate. Fazer uma pesquisa com muitos cenários e mais de 10 nomes em cada lista de candidatos tende a ser contraproducente. O eleitor se confunde. O DataPoder360 quis testar nomes que neste momento são mais competitivos para simular como é o desempenho deles apenas uns contra os outros. Isso é importante porque nos dá uma ideia de como se dá a percepção do eleitor nesse cenário mais reduzido que foi proposto”.
A pesquisa do DataPoder360 também escolheu 1 cenário com mais nomes, apenas para fazer 1 exercício estatístico e comparar com o que vem sendo averiguado em outros levantamentos. O relato sobre os resultados está mais abaixo neste post. Não há muita diferença –aliás, quase nenhuma– do que apuraram outras empresas de pesquisa de intenção de voto.
ESTRATIFICAÇÃO
No caso do cenário reduzido, com 7 nomes competitivos, há indícios que devem ser levados em conta sobre a atual fase da corrida presidencial de 2018. Por exemplo, a diferença de intenção de voto entre homens e mulheres.
Jair Bolsonaro tem 27% entre eleitores homens e só 19% das mulheres. Joaquim Barbosa também tem maior preferência do voto masculino (19%) do que do feminino (14%).
No polo oposto está Alvaro Dias (Podemos), 73 anos. O ex-governador do Paraná e ex-tucano tem 4% de intenção de votos entre homens, mas 9% entre as mulheres.
É muito importante considerar, entretanto, que a margem de erro da pesquisa (2,2 pontos percentuais) só vale para o total da amostra. Quando se observam percentuais por grupos demográficos, a margem aumenta, pois é usada no cálculo uma base menor de entrevistados.
ESCOLARIDADE, RENDA E IDADE
As estratificações da pesquisa indicam que Jair Bolsonaro vai bem entre eleitores de 25 a 44 anos, faixa na qual chega a 27% das preferências.
Bolsonaro atinge 29% entre os eleitores com nível médio de escolaridade e vai a 38% entre os eleitores com renda mensal de 5 a 10 salários mínimos.
CENÁRIO 2, COM 12 NOMES
O outro cenário testado pelo DataPoder360 teve 12 nomes de possíveis candidatos a presidente. Os resultados indicam a liderança de Jair Bolsonaro, com 20%.
Em 2º lugar numérico vem Joaquim Barbosa, com 13%. Trata-se de uma posição apenas numérica porque o ex-presidente do STF está tecnicamente empatado com Marina Silva (Rede), 60 anos, que tem 10%.
Vários candidatos aparecem embolados depois de Bolsonaro, Barbosa e Marina. Variam de 6% a 9%, todos empatados entre si na margem de erro, de 2,2 pontos percentuais.
O resultado exato deste 2º cenário do DataPoder360 com os percentuais com uma casa depois da vírgula é o seguinte: Jair Bolsonaro (20,0%); Joaquim Barbosa (12,9%); Marina Silva (10,0%); Ciro Gomes (9,0%); Geraldo Alckmin (8,0%); Alvaro Dias (6,0%); Fernando Haddad (3,9%); Manuela D’Ávila (2,0%); Fernando Collor (1,0%); Guilherme Afif (1,0%); Guilherme Boulos (1,0%); João Amoêdo (0,5%); branco ou nulo (16,8%) e não sabe ou não respondeu (7,9%).
A seguir, a tabela com os dados desse cenário com 12 pré-candidatos e já com os percentuais arredondados para facilitar a leitura:
CENÁRIOS DE 2º TURNO
O DataPoder360 testou apenas 2 cenários de 2º turno.
No primeiro deles, Bolsonaro ganha de Alckmin com larga vantagem: 41% a 18%.
No outro confronto testado de 2º turno, o resultado dá vitória a Joaquim Barbosa, com 37%, contra 32% de Bolsonaro.
Ou seja, a possível entrada do ex-presidente do STF realmente desarruma o terreno que estava se formando para a corrida pelo Planalto. Não está claro ainda se Barbosa será candidato, pois há resistências internas no PSB ao nome dele. O próprio magistrado aposentado também diz não ter segurança sobre se deve ou não entrar na disputa.
O fato é que, neste momento, ainda sem ter sido escrutinado pela mídia e sem ter se apresentado para confrontos com os adversários, Barbosa aparece como 1 dos poucos nomes competitivos para sucessão de Michel Temer (MDB) no Palácio do Planalto.
Uma leitura amadora mas não boba desse teu leitor chega a conclusão que a coisa fica boa para Ciro , já que Barbosa é tiro curto e não terá apoio das esquerdas o qual o eleitor esta tendo alguma resistência com Ciro, mas que se Lula não for candidato a lógica é irem mais de 80 % com ele, por que eleitor de esquerda é de esquerda e se sair Ciro na cabeça e Haddad de vice ou ao contrário de qualquer maneira eles as esquerdas fazem o próximo presidente, devido a destruição que o PSDB fez em seu partido, ao darem atenção ao cheirador e a globo achando que iriam ganhar uma eleição mole mole e agora não conseguem se quer arrumar a casa.