por Fernando Muniz
“Coma logo, pois precisamos sair meio dia e meio. Depois de dezoito anos você ainda não gravou isso?!” Ela dá um suspiro, de frustração.
Ele olha para a mulher, com um ar de tédio: “É meio dia e ‘meia’”…
“Como?!”
“Vem de ‘meia hora’”…
Ela mostra o dedo médio. “Está errado. O sinal deve vir de baixo para cima e não ser mostrado assim, de frente, chapado. Desse jeito aí parece coisa de adolescente”.
“O quê?! Então vai tomar no seu cu!”
“É no ‘teu’”…
e é difícil, na panificadora, convencer o-a balconista que são “duzentos gramas” de mortadela. Que eles dizem mortaNdela.