Do Analista dos Planaltos
O diretório nacional do PMDB sentou em cima da expulsão de Requião. O processo existe e foi requerido pela ala jovem do partido. Entretanto, hoje o senador paranaense é protegido por dois caciques: o multi-processado Renan Calheiros e o eterno José Sarney. Contra esses padrinhos a quem serve, duvida-se que o ex-governador fará seus repetitivos discursos moralistas.
Como as eleições se aproximam e o no Paraná o PMDB definha a cada dia, ao ponto de além de ter perdido metade dos deputados estaduais não contar com nenhum prefeito em municípios expressivo para o pleito de 2018 (Requião também detonou os diretórios de Foz do Iguaçu, Curitiba e Londrina), surgiu agora uma solução de convívio mínimo entre os grupos conflitantes. Uma Comissão Provisória deverá ser criada epresidida pelo veterano dirigente Milton Buabssi .
A comissão garantiria o espaço dos deputados federais dissidentes e tentaria conduzir o pleito impedindo que a família Requião se apodere integralmente do polpudo fundo partidário e do tempo de televisão. Orlando Pessuti estaria fora desse acordão fisiológico. Deverá procurar outra legenda com seu grupo.
Esse é o cenário do dia que descontenta profundamente Requião, que não seria expulso, mas perderia o comando absoluto do partido que conduz isoladamente com seus funcionários e familiares.