Do Analista dos Planaltos

A semana terminou muito mal para o Senador Requião. Primeiro, como presidente do PMDB foi, afrontado por toda a bancada de deputados federais que votou fechada com Temer e contra a orientação do senador. Nem mesmo o sobrinho, João Arruda, filho da irmã Lúcia, votou com o tio. Depois, o ex-governador tentou organizar reuniões do partido no interior do Paraná – e todas foram um fiasco. Teve que se contentar com pequenas plateias de militantes petistas e do movimento Sem Terra. Se antes reunia multidões, agora. em plena decadência, não encontra interessados em ouvir seu proselitismo xenófobo e anacrônico.
Não bastasse isso, na semana fatídica duas lideranças históricas deixaram o PMDB de Guarapuava e se desfiliaram: os respeitados ex-deputados Nivaldo Krueger, o mais antigo peemedebista em atividade, e Cândido Pacheco Bastos, não suportaram mais o autoritarismo.
No seu desespero de buscar popularidade Requião resolveu apoiar a causa dos taxistas pela proibição do Uber. Cheio de si e se achando, fez publicar uma consulta pública em seu twitter questionando o que achavam de sua postura sobre o serviço. O resultado foi esmagador: dos treze mil que opinaram, 90% foram a favor da manutenção de serviços de Uber e somente dez por cento contra.
O que fez Requião? Autoritário como sempre, simplesmente retirou a pesquisa e apagou os resultados. A consequência foi uma avalanche jamais vista de protestos e xingamentos. Requião, que jamais reconhece seus erros, ensaiou uma envergonhada declaração de que não tem compromisso com erros – e se recolheu.
De fato, uma semana para o eterno candidato esquecer.